10 de jul. de 2013

1º Seminário Temático 2013 -Crimes Virtuais-

  “Alguns qualificam o espaço cibernético como um novo mundo, um mundo virtual, mas não podemos nos equivocar. Não há dois mundos diferentes, um real e outro virtual, mas apenas um, no qual se devem aplicar e respeitar os mesmos valores de liberdade e dignidade da pessoa”.
  Foi com base nesse pensamento de Jacques Chirac, que o Educandário Carlos Drummond de Andrade realizou, no dia 06 de julho de 2013, o primeiro seminário deste ano, que ocorreu no auditório da UNEC-FANAN (Stella Matutina), e consistiu numa palestra dirigida pelo Capitão da Polícia Militar Sr. Leonardo Martins Marques, que abordava o seguinte tema: Crimes virtuais. A escolha dessa temática foi julgada importante pela escola, visto que esse tem sido assunto polêmico no século em que vivemos, e ainda envolvente por suas inúmeras e lastimáveis consequências.
  Diferentemente do que muitos pensam, o mundo virtual tem uma enorme abrangência, e não se limita apenas à tela de computador, em que com um único clique você está definitivamente isolado e “imune” às más ações frequentemente desenvolvidas por meio deste recurso. E o perigo está aí. A exposição de dados e informações pessoais na internet e o seu mau uso acarretam situações piores que, muitas vezes, não têm mais volta.
  Atualmente, o simples armazenamento de conteúdos impróprios é considerado crime, e a invasão de qualquer dispositivo informático já é vista de outra forma, baseado na Lei Carolina Dieckman. Os principais crimes virtuais cometidos são: Pedofilia, calúnia e difamação (cyberbullying), apologia/incitação ao crime, furto (identificações), estelionato, entre outros. A legislação brasileira se contrapõe, então, aos avanços tecnológicos.
  O Capitão Leonardo, por sua vez, não se prendeu à ordem jurídica, e de uma forma dinâmica procurou estabelecer seu discurso. O palestrante ainda fez uma sátira, comparando as mídias sociais com o processo de evolução dos dinossauros. A rapidez que rege o mundo virtual e determina a cada minuto um novo modelo ou padrão de uso da internet é bastante significativa, sendo que, muitas vezes, tal uso é delimitado não por leis, mas por princípios éticos que se sustentam na educação de cada um.
  Em virtude disso, foi considerada viável a apresentação de algumas medidas preventivas, referentes tanto aos alunos quanto aos pais. Cabe a estes conhecer as pessoas com quem os filhos se relacionam, evitar acomodar o computador em áreas isoladas da casa, ensiná-los a serem discretos, enfim, estabelecer regras e limites para uma navegação segura.
  Acabada a palestra, realizamos uma pesquisa de opinião com alguns pais, e eles mostraram-se satisfeitos, enfatizando a importância da preocupação da escola em abordar essa questão, uma vez que muitos deles não tinham acesso a todas as informações.
  Reconhecendo ainda tamanha influência que as mídias ou redes sociais exercem sobre os jovens, os pais consideraram indispensável o acompanhamento das tarefas executadas pelos filhos no computador, para que, dessa forma, possam evitar que muitas dessas perigosas situações aconteçam.
  Contudo, ao perguntarmos aos pais se eles achavam que seus filhos já estavam prontos para desviar de tais manobras, obtemos respostas diferenciadas. Para uns, sim, pois muita coisa do que foi falado já se fazia em casa. Para outros não, conferindo ao seminário tão grande importância justamente por isso.
  Sobre a introdução cada vez mais precoce das crianças no mundo virtual, o palestrante considerou algo impossível de dominar. Infelizmente, os gestores dessas redes não podem determinar os perfis construídos pelas pessoas, que facilmente mentem, inserindo-se nesse espaço.
  Em suma, a ideia de falar um pouco sobre crimes virtuais é sempre muito interessante e o encontro representou apenas um momento esclarecedor. Diante de tudo isto, espera-se a gora a aplicabilidade, que dependerá do desenvolvimento de cada um em relação a como se proteger dessas situações, já que todos os dias encontraremos pessoas promovendo novas formas de crime e fraudes na internet.
  “Quem ainda quiser correr o risco, insistir no erro, errará consciente”, concluiu uma mãe. É necessária, então, uma mudança de comportamento a partir desse momento, só assim será possível garantir uma navegação segura. E lembrem-se: a agressão é virtual, mas o estrago é sempre real.

Por Helder Azevedo de Araújo
3ª série E.M
 




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